Uma entrega para a Lua
Primeiro grande eclipse do ano (Eclipse Lunar em 20-01-2019). Dia de entregar o que não nos serve mais.
Primeiro grande eclipse do ano (Eclipse Lunar em 20-01-2019). Dia de entregar o que não nos serve mais.
Sinto que preciso entregar minha apatia, projeções, comparações com pessoas que amo, julgamentos contra os que me ensinam. Entrego todas as vezes que não fui capaz de aprender nas relações humanas.
Quero entregar para a lua meu sentimento de inadequação. Quero entregar o sentimento de que estou sendo observado a todo tempo. Isso me faz querer entrar em modelos que me impedem de ser o que sou.
Quero entregar minha indisciplina, rebeldia, pouca entrega, medo, desconfiança que apareceram em todas as minhas escolhas espirituais. Quero entregar para sempre!!! Quero deixar ir todos esses pontos, especialmente os inconscientes – quando ajo sem reconhecê-los.
Quero deixar ir todas as vezes em que não consigo escutar alguém, quando sou enganado por pensamentos sexuais – desejando homens de forma inconsciente e aleatória – quase como objetos.
Entrego as vezes em que surgiram pensamentos de controle do pensamento/comportamento do outro, de tentativas de controle de meus próprios pensamentos – julgando-os e – por isso – fixando neles.
Entrego meu autojulgamento.
Entrego todas as vezes que maltratei a natureza – especialmente quando joguei consciente e inconscientemente pensamentos de baixa vibração em meus semelhantes homo sapiens.
Entrego meu desejo de poder, de ser paparicado, sentimentos de superioridade, e todas as vezes que permiti a prepotência sucumbir a minha potência. Entrego minha prepotência.
Entrego todos os meus esquecimentos, minhas ausências, todas as vezes em que embarquei em meus pensamentos durante conversas, virando as costas para o outro mesmo olhando em seus olhos.
Entrego as vezes que não fui capaz de me deixar ser desejado. As vezes que agi como adolescente tímido. Todas as vezes que fugi dos homens que desejava fortemente usando a apatia como escudo.
Entrego a minha fuga da vida, a apatia em todos os níveis e todos os corpos. Entrego para sempre essa fuga. Entrego a minha preguiça, imobilidade e paralisações.
Entrego todos os momentos em que deixei de dizer “sim” quando a alma queria. Entrego toda palavra “não dita” quando a alma gritava. Entrego todas as consequências das vezes que não me comuniquei como queria.
Entrego todas as vezes que deixei de amar por medo.
Entrego a expectativa. Todas as vezes que esperei algo na relação com o outro e – distraído – me perdia em criações mentais de expectativas. Entrego todas as vezes que perdi presentes do universo que é o outro por não estar presente.
Entrego o medo da minha potência. Entrego o medo da entrega.
Entrego, Entrego, Entrego...