quinta-feira

Sentindo Sentido

Nem sempre nossa existência precisa de um sentido? Qual o sentido de vivenciarmos tudo isso? Qual o sentido da busca de sentidos?

As respostas para as perguntas acima certamente passam pelo campo pessoal, que inclui as vivências e peculiaridades de cada um, bem como o óculos que cada um coloca para ver o mundo. Penso que o sentido de nossa vida está associado ao sentido que nós atribuimos a ela. Uma boa forma de ter uma análise desta situação é verificando a existência ou ausência de projetos para o futuro.

Respondendo a pergunta: "Como você se vê daqui a cinco anos?" Eu definitivamente não saberia o que dizer. Isso se deve a falta de sentido mensurável que atribuo atualmente a minha existência. Ou na verdade eu não conseguiria limitar meus desejos numa fórmula tão palpável. Não tenho habilidade para definir. Quero me desencadear, em todos os sentidos. Abrir os cadeados de minha alma. Penso em ser e deixar de ser muita coisa em cinco anos.

É mais fácil culpar alguns comprimidos, e mais confortável também ficar no lugar da inércia; constantes pedaços de mim pincelados no tempo que não passa.

Me falta desejo; me falta vontade e sobra um pouco de confusão. Qual o sentido da confusão? Sempre escutei que a desconstrução nos leva ao novo e que sempre é importante passarmos por um momento de crise. E se o momento de crise não passa por nós? E se ele resolve ficar?



OBS.: Tenho lido Clarice Lispector.

4 comentários:

FOXX disse...

"Respondendo a pergunta: "Como você se ver daqui a cinco anos?" Eu definitivamente não saberia o que dizer. Isso se deve a falta de sentido mensurável que atribuo atualmente a minha existência"

eu super poderia ter escrito esse período.

Raphael Martins disse...

Curti.

M. disse...

Essa falta de expectativa também acontece comigo. Por isso sempre que alguem me pergunta se tenho planos, respondo... "Não, não tenho". E essa desconstrução só pode ocorrer gradualmente. Como uma casa em reformas. Se nos derrubarmos por inteiro, corremos o risco de não sabermos por onde recomeçar e não termos forças para nos reconstruirmos.
Abraços ALGUÉM.

Uma Cara Comum disse...

Eu já passei por um longo período assim há pouco tempo atrás. Hoje, posso dizer que reencontrei/construí de novo grande parte do sentido de minha vida, bem como já tenho alguns planos para o futuro. E eu digo que, quando não temos mais nada estamos livres para querer ter tudo o que quisermos, já que não há nada que nos impeça de recomeçar de uma maneira completamente diferente... Abraços e sucesso na sua busca pelo sentido!